O Prêmio Jabuti é uma das premiações literárias mais prestigiosas do Brasil e reconhece, anualmente, obras notáveis em diversas categorias, como ficção, não ficção, poesia, e mais recentemente, categorias ligadas à inclusão e diversidade. Instituído em 1958 pela Câmara Brasileira do Livro, o Jabuti busca celebrar e promover a excelência na produção literária nacional, destacando autores e obras que contribuem significativamente para o enriquecimento cultural do país.

Neste ano, o livro “Humanamente Digital”, de Cássio Pantaleoni, uma obra editada com orgulho por nossa equipe na Inova e publicada pela Unità Editora, foi agraciado com o prêmio. Por isso, convidamos o autor para compartilhar conosco um pouco de sua trajetória como escritor, proporcionando uma visão mais íntima e enriquecedora sobre sua obra e experiência literária.

Mestre em filosofia, Cássio aborda em sua obra o inegável impacto da tecnologia digital em nossas vidas. Ele afirma: “Creio que o livro se antecipou ao debate ora em curso sobre o equilíbrio entre o digital e o humano”. Diante da crescente presença da Inteligência Artificial nas redes sociais, na geração de conteúdo textual e visual, além das diversas automações em nossa rotina, surge a interrogação constante sobre se essa tecnologia poderá realmente substituir a criatividade humana. Cássio destaca a importância do ponto médio, o equilíbrio entre o humano e o digital, ressaltando que, apesar das oscilações, o elemento central continua sendo o humano. Uma das provocativas reflexões do livro é a de percebermos, em meio à nossa imersão no mundo digital, que a proposta da terceira revolução copernicana se torna o aspecto mais instigante e provocador da obra. O livro nos faz reviver os questionamentos do autor provocativos do renomado autor Marshall McLuhan, que profetizou que a tecnologia se tornaria uma extensão do corpo humano ao abordar a interconexão cada vez mais profunda entre o homem e a tecnologia, nesse contexto, Cássio Pantaleoni convida “todos aqueles que acreditam nas capacidades humanas e se entusiasmam com as possibilidades da tecnologia e seus impactos na cultura e na organização social a mergulharem na leitura desta obra. Creio que ela oferece inspiração para que abracemos a tecnologia de maneira humanamente digital”.

Por fim, Cássio compartilha conosco a marcante conquista do Prêmio Jabuti, destacando: “De todas as formas, o prêmio coroa o empenho em realizar algo que vale a pena ser lido. Sempre nutri o desejo de conquistar a estatueta, em grande parte devido à minha paixão pela literatura em todas as suas formas. É algo que perdura em mim desde a adolescência e que agora chega para relembrar-me da sabedoria contida no velho ditado: ‘Ouse sonhar, ouse realizar o sonho, ouse não desistir'”.

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