Queremos compartilhar com você o novo artigo escrito pelo professor Luis Rasquilha e que foi publicado na MIT Sloan Management Review Brasil.
Boa leitura!
Embora o conceito seja relativamente novo, saiba como Tesla, Google, Microsoft, Fairphone e Ikea já incorporaram práticas alinhadas aos princípios do mundo 5.0 em suas operações e modelos de gestão.
Desde a revolução industrial até a era digital, temos acompanhado as inovações e disrupções tecnológicas promoverem a evolução contínua na forma como vivemos, trabalhamos e nos conectamos. N.E.: Se você já se sentiu como mero espectador dessa história, não é mera coincidência. A boa notícia é que os tempos também evoluem.
Nessa linha do tempo, a transição para o mundo 4.0 – marcado pela quarta revolução industrial – foi impulsionada pelo tripé inteligência artificial, automação e conectividade digital, que transformou radicalmente a sociedade e a economia. E, assim, vimos nascer as fábricas inteligentes, as cidades conectadas e os sistemas de informação em tempo real, que revolucionaram a produção de bens, a entrega de serviços e as formas como interagimos uns com os outros.
Mas, se por um lado, as novas tecnologias criaram meios para que a sociedade progredisse em termos de eficiência e produtividade, de outro, se evidenciou que esses não deveriam ser seus únicos indicadores de sucesso. É preciso incorporar, na medição, aspectos ligados a impactos social, ambiental e humano.
É nesse contexto que emerge a visão do mundo 5.0. Enquanto o 4.0 se concentrava principalmente na automação e eficiência, o 5.0 assume uma abordagem mais holística, na qual a tecnologia visa não apenas aumentar a produtividade e a eficiência, mas promover a inclusão social, a sustentabilidade e o bem-estar humano. Ainda sob essa ótica, o ser humano passa a ocupar o eixo central, com a tecnologia orbitando em torno dele – e não o contrário.
O conceito de Mundo 5.0, proposto pelo empresário japonês Koichi Nakamura, está intrinsecamente ligado ao avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), blockchain e outras tecnologias emergentes.
Ele surge como resposta aos desafios globais contemporâneos, visando criar uma sociedade onde tecnologias avançadas sejam empregadas na resolução de problemas planetários, como mudanças climáticas, pobreza, desigualdades e conflitos. Ao transcender o paradigma do Mundo 4.0, onde a tecnologia era primariamente voltada à eficiência econômica, o Mundo 5.0 aspira promover não apenas o progresso financeiro, mas também o bem-estar humano, a sustentabilidade e a inclusão social. Sob essa ótica, as tecnologias emergentes são integradas holisticamente, considerando não apenas seu impacto econômico, mas também seus efeitos sociais, ambientais e éticos.
Nesse contexto, a tecnologia é concebida como uma ferramenta para aprimorar a qualidade de vida e preservar o meio ambiente, ao invés de meramente maximizar lucros ou produtividade. Tal abordagem implica que inovação e desenvolvimento tecnológico estejam alinhados com valores humanos fundamentais, como justiça, equidade, solidariedade e responsabilidade.
O Mundo 5.0 propõe, portanto, uma visão de futuro onde a tecnologia é utilizada de maneira holística e integrada para enfrentar desafios contemporâneos, impulsionando o bem-estar humano e a sustentabilidade ambiental. Reconhece-se a necessidade de uma abordagem ética e responsável no desenvolvimento e na implementação de tecnologias, assegurando que estas não amplifiquem desigualdades existentes ou causem danos ao meio ambiente. Confira os pilares do chamado mundo 5.0: